28 novembro 2016

Quinze empresas agiam em fraudes para superfaturar e vencer licitações na Bahia


Quinze empresas do ramo de impressos gráficos cometiam fraudes em licitações públicas, que foram desvendadas durante operação "Quali", realizada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), na manhã desta segunda-feira (28). De acordo com o órgão, o grupo atuava há 20 anos, período em que conseguiu vencer uma série de licitações de forma fraudulenta e articulada, com preços superfaturados em órgãos públicos estaduais e municipais. "O que o grupo fazia era entrar em contato [entre eles] para combinar quais propostas seriam feitas, para determinar o vencedor, e dividir o valor superfaturado. Se uma licitação poderia ser feita por R$ 90 mil, eles combinavam que a menor proposta seria de R$ 92 mil, e esse lucro era divido pelo cartel", explicou o promotor de justiça Luciano Taques Ghignone, durante entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira. Ainda de acordo com o promotor, em algumas ocasiões, quando uma empresa de fora do esquema participava da licitação, o cartel não conseguia vencer e ter acesso ao superfaturamento. No total, a operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão. Sete pessoas foram presas temporariamente, e outras sete foram conduzidas coercitivamente para prestar esclarecimentos sobre o caso. Das sete prisões temporárias, seis aconteceram em Salvador, e uma em Aracaju. De acordo com o MP-BA, o suspeito preso em Aracaju deixou a capital baiana na noite de domingo (27) com objetivo de participar de uma nova licitação para impressos gráficos. *Informações do G1