
Policiais
militares da Bahia ameaçam entrar em greve a partir da próxima terça-feira
(15), após assembleia, caso a corporação julgue como não atendidas às
reivindicações da categoria. Na manhã desta sexta-feira (11), o governador
Jaques Wagner recebeu a imprensa na governadoria, no Centro Administrativo da
Bahia, em Salvador, para detalhar o plano de reestruturação e modernização
organizacional da Polícia Militar apresentado à corporação na quinta-feira
(10).
Também participaram da entrevista coletiva o secretário de Segurança
Pública, Maurício Barbosa, e o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro.
Resta saber se a categoria vai aceitar a proposta do governo e desistir da
greve. A categoria enumerou pontos negativos e positivos da proposta, que serão
discutidos na assembleia. Entre os pontos negativos, as vagas criadas para dar fluidez à carreira
dos oficiais e praças, que não são suficientes
para atingir os objetivos propostos pelas associações, e a suspensão por
até 90 dias, que segundo a categoria, é muito tempo para um trabalhador ficar
sem salário.
Entre os itens previstos no conjunto de propostas, o governador
destacou a emancipação do Corpo de Bombeiros, que passa a ser uma instituição
militar independente da PM, a concessão, de forma pioneira no país, de
aposentadoria para policiais femininas com 25 anos de serviço efetivo, além do
novo código de ética e da maior transparência na promoção interna, a ampliação
do acesso à carreira com a criação de cargos de cabos, sargentos e subtenentes.