22 abril 2025

Obras do Mercado Municipal de Ubatã sofrem com atrasos e seguem sem previsão de entrega

As obras do tão aguardado Mini Shopping Flávio Dias, localizado na Praça da Feira, em Ubatã, seguem em ritmo lento desde que foram iniciadas, ainda em 2022 — ano de eleições. Prometido como um importante espaço comercial, o empreendimento enfrenta sucessivos atrasos e interrupções, deixando os comerciantes em condições precárias de trabalho.

O descontentamento da população se estende também à reforma do Mercado Municipal, um dos principais centros comerciais da cidade. Prevista para iniciar em meados de 2022, a obra permanece inconclusa, sem previsão clara de entrega, o que tem gerado duras críticas à gestão pública municipal e denúncias de descaso.
Com investimento licitado de R$ 4.230.236,41, a reforma promete transformar o espaço com piso em porcelanato, cobertura metálica e em policarbonato, ampliação da cobertura, praça de alimentação, banheiros com acessibilidade, guarda-corpo em inox com blindex, construção de boxes para açougues e uma fachada moderna. No entanto, essas melhorias parecem distantes da realidade atual.

O Mercado abriga setores diversos, incluindo o setor de carnes e o Mini Shopping Flávio Dias, onde atuam comerciantes de roupas, costureiras, sapateiros, salões de beleza e restaurantes. A lentidão nas obras tem prejudicado diretamente o dia a dia desses profissionais e a experiência dos consumidores.
Em março deste ano, iniciou-se a instalação da cobertura externa do espaço, com o objetivo de proporcionar mais conforto e proteção aos frequentadores. Contudo, após essa etapa, o canteiro de obras passou a registrar a ausência constante de trabalhadores, levantando suspeitas sobre o comprometimento da empresa responsável.

Em maio de 2023, vereadores locais convocaram uma reunião com o secretário de Obras e Infraestrutura do município, fiscais de contratos e representantes das construtoras para buscar esclarecimentos sobre os atrasos. Entretanto, pouco foi feito de efetivo para acelerar o cronograma do Mercadão.
Outro ponto crítico foi a execução de parte da obra em desacordo com o projeto aprovado pelos técnicos da Conder. Na época, foram construídos 68 pilares fora das especificações do projeto original, o que levou a Conder a suspender os pagamentos das medições até que o problema fosse solucionado.
Diante do impasse, a população de Ubatã segue cobrando transparência e agilidade por parte do poder público. A reforma do Mercado Municipal é vista não apenas como uma promessa de campanha não cumprida, mas também como uma obra fundamental para a revitalização do comércio local e valorização da identidade cultural da cidade.

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