As obras do tão aguardado Mini Shopping Flávio Dias, localizado na Praça da Feira, em Ubatã, seguem em ritmo lento desde que foram iniciadas, ainda em 2022 — ano de eleições. Prometido como um importante espaço comercial, o empreendimento enfrenta sucessivos atrasos e interrupções, deixando os comerciantes em condições precárias de trabalho.
O descontentamento da população se estende também à reforma do Mercado Municipal, um dos principais centros comerciais da cidade. Prevista para iniciar em meados de 2022, a obra permanece inconclusa, sem previsão clara de entrega, o que tem gerado duras críticas à gestão pública municipal e denúncias de descaso.
Com investimento licitado de R$ 4.230.236,41, a reforma promete transformar o espaço com piso em porcelanato, cobertura metálica e em policarbonato, ampliação da cobertura, praça de alimentação, banheiros com acessibilidade, guarda-corpo em inox com blindex, construção de boxes para açougues e uma fachada moderna. No entanto, essas melhorias parecem distantes da realidade atual.
O Mercado abriga setores diversos, incluindo o setor de carnes e o Mini Shopping Flávio Dias, onde atuam comerciantes de roupas, costureiras, sapateiros, salões de beleza e restaurantes. A lentidão nas obras tem prejudicado diretamente o dia a dia desses profissionais e a experiência dos consumidores.
Em março deste ano, iniciou-se a instalação da cobertura externa do espaço, com o objetivo de proporcionar mais conforto e proteção aos frequentadores. Contudo, após essa etapa, o canteiro de obras passou a registrar a ausência constante de trabalhadores, levantando suspeitas sobre o comprometimento da empresa responsável.
Em maio de 2023, vereadores locais convocaram uma reunião com o secretário de Obras e Infraestrutura do município, fiscais de contratos e representantes das construtoras para buscar esclarecimentos sobre os atrasos. Entretanto, pouco foi feito de efetivo para acelerar o cronograma do Mercadão.
Outro ponto crítico foi a execução de parte da obra em desacordo com o projeto aprovado pelos técnicos da Conder. Na época, foram construídos 68 pilares fora das especificações do projeto original, o que levou a Conder a suspender os pagamentos das medições até que o problema fosse solucionado.
Diante do impasse, a população de Ubatã segue cobrando transparência e agilidade por parte do poder público. A reforma do Mercado Municipal é vista não apenas como uma promessa de campanha não cumprida, mas também como uma obra fundamental para a revitalização do comércio local e valorização da identidade cultural da cidade.
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