Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, mais conhecida como a princesa Isabel, a filha do Imperador Dom Pedro II, carioca, nascida há 177 anos. No próximo dia 14 de novembro completa 102 anos de sua morte.
Ao completar 25 anos (1871), conforme prévia a Constituição Federal de 1824 - a 1ª do Brasil - se tornou a primeira mulher senadora brasileira e também a primeira chefe de Estado em todo continente americano.
Isso deveu-se a ter tornado a herdeira do trono aos 11 meses de idade depois da morte do seu irmão de dois anos de idade, o herdeiro natural.
Esse fato trouxe a princesa Isabel a responsabilidade de assumir a administração do Brasil durante as ausências do Imperador, seu pai, Dom Pedro II. Fato esse que ocorreu por três vezes, sendo a primeira no ano de 1871, quando assinou a Lei do Ventre Livre. Lei que determinou que os filhos de mães escravas nasceriam livres.
E não parou por aí sua luta em prol do fim da escravidão. Em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, em mais uma de sua regência à frente do país, assinou a Lei Áurea, determinando: "A partir deste data ficam libertos todos os escravos do Brasil'. Lei que a fez ganhar a alcunha de 'Redentora'.
No ano seguinte, acontece o golpe republicano e a família real foi expulsa do Brasil, indo a princesa Isabel e seu marido ser exilada na França, na região da Normandia no castelo da família do Conde d'Eu que foi todo decorado com móveis e objetos brasileiros.
Faleceu em 14 de novembro de 1921 aos 85 anos de idade sem nunca mais ter retornado ao Brasil, mesmo tendo em 1920 revogada a expulsão da família real. Seu corpo em 1971, cinquenta anos depois, foi trazido e enterrado em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
(Pesquisa e texto de Wesley Faustino para o site Notícias de Ubatã).