28 setembro 2016

Força Nacional reforçará a segurança de 11 cidades do RJ nas eleições

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O Tribunal Superior Eleitoral aprovou o envio das tropas federais, além do estado do Rio, pra outros sete estados do país. O número de militares que participarão desse esquema ainda não foi divulgado pelo Ministério da Justiça e da Defesa. De acordo com o Governo Federal, os militares do Exército e da Marinha se dividirão entre as cidades do estado. No caso da região da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, 500 homens da Força Nacional farão o policiamento no lugar da Polícia Militar.
Segundo a Polícia Civil do Rio, 14 pessoas ligadas à política foram mortas nos últimos nove meses na Baixada Fluminense. Após investigações, a polícia descobriu que, de 13 crimes, apenas dois foram motivados porque as vítimas estavam ligadas à política. O mais recente ocorreu na segunda-feira (26), quando criminosos invadiram o comitê eleitoral do candidato a vereador Marcos Vieira de Souza, o "Falcon", e o executaram com tiros de fuzil. Falcon também era policial militar e presidente da escola de samba Portela. A polícia ainda está apurando a motivação do crime e ainda não descartou nenhuma possibilidade.

O envio de Forças Federais para garantir a segurança da votação e a apuração também acontece em Mato Grosso, Alagoas, Rio Grande do Norte, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Acre e Pará. Os pedidos de envio de tropas federais para essas localidades foram feitos ao TSE pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de cada estado.
Em julho, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, já havia pedido ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, que as tropas enviadas ao Rio a fim de reforçar a segurança para a Olimpíada continuassem na cidade até outubro.
No dia 26 de agosto, Gilmar Mendes visitou o Cartório Eleitoral de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para ver de perto a realidade da região por causa do grande número de mortes envolvendo políticos, pré-candidatos e candidatos nessas eleições.
"É a primeira visita que eu estou fazendo a uma zona eleitoral e nós, por conta de todas essas razões, optamos por fazê-lo aqui na Baixada Fluminense. É uma situação extremamente grave. Há incidentes que podem não ter conotação eleitoral e outros, a maioria, com conotação eleitoral", disse Gilmar Mendes, em agosto.
Na ocasião, o ministro informou também ter enviado um ofício ao Ministério da Justiça, no qual solicitou que a Polícia Federal ficasse responsável por investigar os assassinatos.