13 setembro 2013

Ubatã: Sec. De Educação comenta mobilização dos professores e fala sobre o reordenamento da educação

Rita trabalhando na confecção do reordenamento da rede/ Foto: Notícias de Ubatã
A Sec. de Educação do município de Ubatã, professora Rita Falcão, em contato com a reportagem do site Notícias de Ubatã comentou sobre as reivindicações expostas na mobilização dos professores da rede municipal, que ocorreu na tarde da última quinta-feira (12). Em tempo, a secretária também comentou sobre a elaboração do reordenamento da educação, que estava sendo realizado no momento da reportagem e foi apresentado as dificuldades e o trabalho árduo na confecção das planilhas.

Rita afirmou que toda mobilização é justa, e a ocorrida nesta quinta-feira se deu de forma pacífica, entretanto da mesma maneira que se espera a reforma na educação enquanto estrutura, espera-se uma reforma na educação enquanto pedagógica. Com relação a lentidão no reordenamento da rede, a secretária disse que se dá por conta de que não há uma equipe técnica para realizar os trabalhos de reorganização, e que atualmente apenas 3 pessoas trabalham na confecção das planilhas junto com ela. Rita disse que houve um apoio da APLB e do controlador do município na elaboração do reordenamento inicial, mas que hoje deixou em segundo plano as outras atividades para se entregar na empreitada.

Rita afirmou que houve uma reunião em agosto com toda a categoria para falar sobre a situação real do município e foi apresentada planilhas contendo as receitas e despesas do Fundeb, mostrando a transparência, e que enquanto cidadã e professora se mantém no cargo diante de todas as adversidades: “tenho a certeza de que a verba do Fundeb é disponibilizada exclusivamente para o pagamento dos profissionais da área da educação. Se tivesse irregularidades na aplicação da verba não estaria mais à frente da secretaria.” afirmou

A professora ventilou ainda algumas possibilidades, a partir do reordenamento, que serão discutidas visando reduzir a folha: “o município terá que reduzir as despesas e isso implica em cortar gastos com extensão e rescindir contratos por exemplo, porém teríamos que encaminhar todos os professores com laudos para o INSS, devido ao fato de possuirmos uma média de 48 professores (a maioria detém 40 horas por direito) que não podem assumir sala de aula, daí a necessidade da extensão. A rescisão de alguns contratos também prejudicará o bom funcionamento das escolas, em sua maioria inclusive. Algumas medidas drásticas serão tomadas: reduzir o número de atendentes de classe na creche e nas escolas, fechar turma com menos de 15 alunos, dentre outros”

Para finalizar, a secretária disse que espera, após as medidas necessárias, que grande parte dos problemas da educação sejam solucionados, e que a categoria fique satisfeita, pois é provável que com a redução dos gastos tenha-se a possibilidade de se pagar o piso salarial. “Apesar de ser chamado de austera, radical, mão de ferro, tenho sido condescendente em muitos casos, como por exemplo a concessão de licenças premium, mesmo neste momento de crise, pois sei que muitas dessas são para resolver problemas de saúde, pois a “EDUCAÇÃO DE UBATÃ SE ENCONTRA DOENTE”.

Redação Notícias de Ubatã