
Com 53,5% dos casos de extorsão do país, as policias militares de Rio (30,23% das vítimas) e São Paulo (18,22%) lideram com folga o que poderia ser o ranking da cobrança de propina pelas polícias militares no país. Os dados fazem parte de uma prévia da Pesquisa Nacional de Vitimização.O instituto ouviu 78.000 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal, perguntando a elas se foram vítimas de extorsão por parte da Polícia Militar. Segundo o Ministério da Justiça, esse tipo de pesquisa procura captar as ocorrências de eventos criminais na população, com o objetivo de compará-los com os dados oficiais registrados pelas polícias, classificando-os por localidade, estrato social, cor da pele, idade, sexo e renda.
Em todo o país, 2,6% dos ouvidos responderam terem sido vítimas de extorsão policial. Ao analisar quem são essas pessoas, o levantamento mostrou que cresce a probabilidade de uma pessoa ser alvo do achaque de PMs. Os pós-graduados têm 9 vezes mais chance de ser achacada do que uma pessoa sem instrução. Dentre as vítimas de extorsão, 59% têm escolaridade acima do ensino médio. Quem ganha mais de R$ 13.560 (20 salários mínimos) tem 5,8 vezes mais chances de ser extorquido por um PM do que aqueles que ganham até R$ 678 (1 salário mínimo). Na leitura por faixa etária, o grupo de 25 a 34 anos é a maior vítima, representando 36,4% dos achacados.
Veja abaixo a distribuição das vítimas de extorsão por estado
Rio de Janeiro: 30,23% , São Paulo: 18,22%, Pará: 6,49%, Pernambuco: 6,05%, Bahia: 5,08%, Goiás: 4,34%, Paraná: 4,15%, Minas Gerais: 4,10%, Amazonas: 3,07%, Ceará: 2,54%, Rio Grande do Norte: 2,34%, Alagoas: 1,85%, Maranhão: 1,66%, Mato Grosso: 1,56%, Rio Grande do Sul: 1,27%, Santa Catarina: 1,27%, Espírito Santo: 1,07%, Paraíba: 1,07%, Amapá: 0,78%, Distrito Federal: 0,78%, Mato Grosso do Sul: 0,58%, Piauí: 0,58%, Sergipe: 0,48%, Tocantins: 0,19%, Rondônia: 0,19%, Acre: 0,04%, Roraima: 0,04%
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