O fechamento de bancos no interior da Bahia não provoca impactos apenas aos moradores que ficam sem os serviços das agências. Mesmo com a promessa de que seriam realocados, funcionários de agências bancárias baianas têm perdido seus postos de trabalho. Entre janeiro de 2020 e junho deste ano, 1.651 bancários baianos foram desligados de seus postos de trabalho. O levantamento foi feito pelo Sindicato dos Bancários da Bahia, a pedido do CORREIO.
O banco que mais demitiu funcionários baianos foi o Bradesco, responsável por 706 demissões em menos de cinco anos no estado. Não por coincidência, o banco concentra o maior número de agências fechadas. Entre outubro de 2023 e março deste ano, o Bradesco fechou unidades, entre agências e pontos de atendimento, em 36 cidades baianas. Há dois anos, a empresa anunciou um processo de modernização.
Na prática, as mudanças buscam reduzir custos - com os fechamentos das unidades físicas - e investir nos serviços digitais. As operações bancárias feitas através de plataformas eletrônicas correspondem a 98% do total de serviços realizados pelos clientes, segundo o Bradesco. Ronaldo Ornelas, um dos diretores do Sindicato dos Bancários da Bahia, explica o que acontece quando as agências anunciam o encerramento de atividades.
Em nota enviada à reportagem, o Bradesco confirmou que tem promovido mudanças em seu modelo de atendimento, transformando parte de suas agências em unidades de negócio. As unidades substituem as agências tradicionais, com o objetivo de reduzir custos e, segundo a empresa, aumentar a eficiência.
As empresas que mais demitiram funcionários nos últimos cinco anos na Bahia, além do Bradesco, foram o Itaú (344), Santander (219) e Safra (137). As informações são do Correio 24h