O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, em evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores) na última segunda-feira (4), que a militância sindical procure deputados e seus familiares na casa deles para pressionar a favor de propostas que interessam ao setor em um eventual governo petista, a partir de 2023.
"Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa, não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília", disse.
Parlamentares bolsonaristas reagiram ao trecho do discurso em que Lula sugere a pressão aos familiares. Dois deles ameaçaram usar armas caso suas famílias sejam abordadas por militantes petistas.
Para uma plateia de sindicalistas, o petista defendeu uma contrarreforma em questões que interessam aos trabalhadores caso seja eleito e reforçou que será preciso contar com o Congresso Nacional.
"Aqui não tem ninguém inocente. Vocês sabem que qualquer coisa que a gente quiser fazer vai ter que passar pelo Congresso", disse.