Dois agentes funerários fizeram o enterro de uma idosa de 81 anos vítima da Covid-19, na última sexta-feira (5), em um cemitério localizado no distrito de Rosário, que pertence ao município de Canudos, no norte da Bahia. A mulher morreu em Salvador e teve o corpo levado para onde morava no interior do estado. Contudo, ao chegar ao local, os agentes não encontraram pessoas que estivessem dispostas a realizar o sepultamento e decidiram realizar o enterro.
Proprietário da funerária Pax Monte Sinai, José Silva foi um dos agentes funerários responsáveis pelo enterro da idosa. Ele explica que a mulher morreu na sexta-feira e que a filha dela ficou em Salvador, já que também foi diagnosticada com Covid-19 e não pôde acompanhar o retorno do corpo para Rosário.
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Ao chegar ao distrito, José Silva lembra que falou com um representante da localidade que disse que a comunidade não queria se envolver no sepultamento por medo de contaminação. O coveiro também demonstrou receio e não estava paramentado para este tipo de situação. José, então, tomou a iniciativa e decidiu fazer o enterro, em um local com baixa iluminação, ao lado do seu colega de trabalho. O profissional conta que nunca viveu uma situação como essa na carreira.
Em nota, a Prefeitura de Canudos informou que não administra o cemitério do Rosário, em que ocorreu o sepultamento, e que não mantém coveiro na comunidade. A gestão municipal afirma que a idosa de 81 anos declarava residir no município de Euclides da Cunha, o que constaria no atestado de óbito. Do G1