
O Tribunal Regional Federal da 1° Região (TRF-1) reafirmou preliminarmente, nesta quarta-feira (19), a sua competência para julgar o envolvimento de Jaques Wagner na Operação Cartão Vermelho. A mudança foi defendida pelos advogados que representam o petista.
Na investigação, o ex-governador é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como parte de um esquema de superfaturamento e fraudes na licitação nos contratos para a construção da Arena Fonte Nova, por meio de uma parceria público-privada.
De acordo com relatos do plenário nesta tarde, a defesa do petista tem tentado, individualmente, convencer os desembargadores que o caso é de competência da Justiça Estadual e não da Justiça Federal. Os advogados de Wagner visitaram os gabinetes dos desembargadores que, provisoriamente, decidiram manter as investigações no âmbito federal. Os juízes Olindo Menezes e Néviton Guedes acompanharam o voto do relator José Alexandre Franco pela manutenção da competência do TRF-1. Ney Bello pediu vista e o julgamento foi interrompido com a preliminar. Aguardam para votar os desembargadores César Cintra Fonseca e Leão Aparecido Alves.
OPERAÇÃO CARTÃO VERMELHO
No caso, além de Jaques Wagner, o secretário da Casa Civil de Rui Costa, Bruno Dauster, e o empresário Carlos Dalton são suspeitos de terem participado de um esquema que envolve os crimes de fraude a licitação, superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Arena Fonte Nova em 2010. De acordo com laudo pericial, a obra foi superfaturada em valores que podem chegar a mais R$ 450 milhões e, somente, Wagner teria recebido cerca de R$ 80 milhões em propina da OAS e da Odebrecht para firmar o contrato. Com informações do Bahia Notícias