O deputado João Campos (PSDB-GO), autor do projeto conhecido como “cura gay”, decidiu, na terça-feira (2), arquivar a proposta na Câmara Federal. A matéria havia sido aprovada na Comissão de Direitos Humanos da Casa. O anúncio de Campos, presidente da Frente Parlamentar Evangélica, foi dado em reunião semanal das lideranças da Câmara, após a onda de protestos contrários à medida.
O projeto ainda precisaria passar por duas comissões da Casa antes de ser votada em plenário. Os deputados haviam concordado em aprovar, em plenário, o requerimento de urgência da matéria, que acelera a tramitação do texto, para derrubar o projeto na sessão de amanhã. O avanço da proposta preocupou militantes LGBT (lébicas, gays, bissexuais e transgêneros), que convocaram manifestações contra o projeto e pediram a saída de Feliciano da presidência da comissão.
O texto propunha a suspensão da validade de dois artigos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia, em vigor desde 1999, que proíbe os profissionais de participar de terapia para alterar a orientação sexual e de tratar a homossexualidade como doença. Os profissionais também não podem adotar ação coercitiva a fim de orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.