Deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB) |
O deputado federal e presidente do PMDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, concedeu entrevista ao apresentador Emerson José, da Rádio CBN Salvador, na manhã desta segunda-feira e falou sobre o problema da seca que assola grande parte do Nordeste brasileiro e criticou o governador Jaques Wagner por comandar o estado há sete anos, mas não ter tomado ações preventivas. Na visão do parlamentar o governador deixou de criar medidas preventivas e elaboração de políticas estratégicas independente de governo.
“Não construiu barragens, não construiu barreiros, não fez perenização de rios, não fez transposições. A transposição que foi feita em Guanambi foi do Ministério de Integração, ainda na época do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), que fez aquela obra levando água para mais de 16 cidades”, disparou o deputado, emendando que “não tem perspectiva de melhora. A previsão é de não haver mais chuvas em 2013 e piorar ainda mais”.
Ainda sobre a seca, o peemedebista lembrou que quem tem o poder de executar as ações é o Governo, disparando que não adianta os deputados ficarem fazendo discurso sobre o tema. “Os deputados estão todos aí se queixando e visitando municípios, mas não ouvimos nenhuma palavra do governador. Eu, pessoalmente, não vi o governador da Bahia dar uma palavra sobre nenhuma tema. Parece que não temos governador. A única coisa que o governador se manifesta é sobre a inauguração da Arena Fonte Nova. Quando o assunto é positivo é obra do Governo do Estado, quando o ingresso está de 90 reais e se tem aquela fila, é obra da iniciativa privada. Então a PPP [Parceria Público Privada] serve para isso: o positivo é o Governo do Estado, o negativo são as empresas e a iniciativa privada”, criticou.
O presidente do PMDB baiano afirmou também que não concorda com a inclusão do nome da cervejaria Itaipava no nome da Arena Fonte Nova. Na visão do deputado, ao fazer propaganda de uma cervejaria, o governo estaria incentivando o consumo, o que para ele apenas beneficiaria a empresa. “Eu sou totalmente contra, tanto da colocação do nome de uma cervejaria. Nós que tínhamos o nome do estádio o grande Octávio Mangabeira, e que depois teve o nome Fonte Nova batizado pelo povo. Mas Octávio mangabeira já prevendo isso ele dizia: pense em um absurdo e na Bahia acontece. Então, talvez, ele recebeu a homenagem ao estádio porque sabia que ia comprovar muito tempo depois que essa tese dele era correta e os absurdos ocorrem na Bahia”, disse.