Por Wesley Faustino.
À medida que se aproximam as eleições municipais, especialmente nos municípios de menor população, o fervor político toma as ruas e as redes sociais, estabelecendo um palco de intensas discussões e até mesmo de rupturas de laços entre antigos amigos.
Esta efervescência não se dá apenas no âmbito virtual, pois as cidades começam a se colorir, não em razão das festas juninas, mas sim pela paleta de cores partidárias que invade o cotidiano dos eleitores. As disputas entre os candidatos, que por enquanto incluem representantes do Avante, PT, MDB, Republicanos e União Brasil, transformam-se em um verdadeiro exibicionismo de cores através de vestimentas e adereços diversos, cada cor representando a esperança e apoio a determinado candidato.
Nesse contexto, emerge o dilema de César Salys, que ao disputar pela primeira vez um cargo majoritário, encontra-se na complicada situação de diferenciar sua imagem no meio de um cenário já saturado por cores associadas a outros candidatos e campanhas passadas: o amarelo três eleições consecutivas com Siméia(duas) e Tinho. O verde com Edson Neves em várias eleições e o azul com Daí da Caixa, em pelo menos, três disputas.
Nesta eleição o colorido dará o tom com o alaranjado do Avante, o vermelho do PT, o azul do União Brasil e o verde do MDB. Para César Salys dos Republicanos o branco da paz que também está nas cores da sua legenda, pode dar o tom da sua campanha.
César Salys, em sua busca por inovação e distinção passa, portanto, não apenas por suas propostas políticas mas também pela eleição de uma identidade visual que o diferencie na memória dos eleitores.
Assim, as eleições municipais não apenas aquecem o debate político, como também transformam o cenário urbano em expressões partidárias, onde a escolha de uma cor pode significar tanto uma estratégia de marketing quanto um desafio à criatividade e à inovação política.
Wesley Faustino é historiador, escritor, especialista em Gestão Pública e Gestão Ambiental e ex-vice-prefeito.
