Recentes dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acerca do analfabetismo na Bahia, com base no Censo de 2022, revelam um quadro alarmante: uma em cada dez pessoas de 15 anos ou mais no estado não sabe ler nem escrever.
Esta estatística coloca a Bahia como o 9° estado com pior desempenho no Brasil em termos de analfabetismo, sinalizando um desafio considerável no contexto educacional da região.
Essa condição não apenas reflete deficiências no sistema educacional desde a educação básica, "quem alfabetiza são os municípios. É do município que começa a creche, o infantil, o Fundamental I, o Fundamental II", culpa os municípios o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), professor e ex-secretário de Educação do estado.
Além disso, a crítica às políticas de "aprovação em massa", especificamente a portaria 190/2024 da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, aponta para uma abordagem que favorece a progressão de estudantes sem a certeza de um aprendizado real. Essa estratégia pode, de maneira contraproducente, estar apenas mascarando o problema do analfabetismo, ao invés de oferecer soluções efetivas para sua superação.
Ao comparar os índices de analfabetismo com a qualidade da educação oferecida, surgem questionamentos válidos sobre as celebrações do governo estadual. "Comemoro a diminuição do analfabetismo e a conquista da menor taxa do Nordeste", disse o governador em entrevista.
Essa contraposição ressalta a importância de se questionar a qualidade do ensino por trás dos números. A redução nos índices de analfabetismo não necessariamente indica uma melhoria na educação se o aprendizado não for significativo e eficaz. (Redação Notícias de Ubatã).