O protagonista principal, Sandoval Fernandes Alcântara, falecido aos 80 anos em 1996, nasceu em Ubaitaba, mas em Ubatã fez sua vida familiar, econômica e política.
Eleito o 2° vereador representando o distrito de Dois Irmãos, naquela época pertencente a Rio Novo, em qual Câmara foi parlamentar por dois mandatos, presidiu a Casa Legislativa - tornou-se presidente da Câmara em Rio Novo porque foi o mais votado entre Rio Novo, Dois Irmãos, Barra do Rocha e Tesouras(Ibirataia) que eram distritos⁸. Por duas vezes prefeito de Rio Novo: uma nomeado pelo governador do estado da Bahia, no período da transição para redemocratização do Brasil, após o fim do Estado Novo, com anuência do Presidente da República, no período de 14 meses (05.12.1946 a 30.01.1948) - e outra substituindo, por motivo de doença, do prefeito Pedro Caetano (1948/1952) - não existia o mandato do vice-prefeito - o presidente da Casa Legislativa(era na época o vereador mais votado na eleição pelo povo), então novamente assumiu a prefeitura Rionovense.
Seu prestígio politico o alçou a ser eleito 1° suplente de deputado estadual pela Arena para o período 1959/1963 e assume o mandato por um curto tempo em 1960.
Onze anos depois (1970), retorna ao comando do Poder Público de Ubatã.
Neste ínterim ocupou os cargos de Diretor Executivo do Conselho Nacional dos Produtores de Cacau (CNPC), órgão de representação da cacauicultura nacional e auxiliar do Governo Federal. Presidiu também o Sindicato dos Produtores Rurais de Ubatã, isso na época áurea da cacauicultura.
Mesmo por pouco tempo[mandato tampão] emplaca o segundo membro da família como prefeito de Ubatã. Continua o poder familiar e na eleição de 1962, o povo elege para prefeito, outro irmão, vereador por dois mandatos, Hamilton Fernandes Motta, idealizador e 1° presidente da União dos Municípios da Bahia ( UPB), fundada em agosto de 1964.
O município de Ubatã homenageia a família com nomes em logradouros. Sandoval Alcântara, Sandó, dá nome também ao maior Jequitibá Rosa(Cariniana legalis Kuntze ) existente na Mata Atlântica brasileira, situada na fazenda Boa Lembrança, zona rural de Ubatã, segundo pesquisa do Instituto de Botânica de São Paulo, Instituto Cabruca e a Ceplac.
(Texto e pesquisa de Wesley Faustino para redação do site Noticias de Ubatã).