Prefeituras deixam população sem serviços básicos e gastam milhões com shows de sertanejos

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Em meio à polêmica da chamada 'CPI dos Sertanejos', que investiga a contratação de shows milionários de artistas em cidades do interior do Brasil, um levantamento apontou que o cenário é ainda mais grave. Segundo informações divulgadas pelo jornal Estadão, municípios que não oferecem serviços básicos à população já desembolsaram mais de R$ 14 milhões nesses tipos de eventos.

Conforme levantamento, prefeituras de 48 cidades, com menos de 50 mil habitantes, tiveram a contratação de artistas como Gusttavo Lima, que recentemente fez um desabafo após ter show cancelado na Bahia, Zé Neto e Cristiano, Luan Santana, Wesley Safadão, Leonardo e outros. Enquanto isso, alguns municípios não possuem energia elétrica, saneamento básico, asfalto ou posto de saúde.

De acordo com a publicação, os recursos seriam disponibilizados por deputados e senadores através das chamadas 'emendas pix', quando os valores são enviados diretamente às prefeituras, sem a discriminação de destinação dos gastos. Os montantes acabam sendo utilizados de forma livre pelos gestores e sem prestação de contas.

Um dos casos foi na cidade de Mar Vermelho (AL), com 3.474 habitantes e que sofre com falta de saneamento básico. o prefeito André Almeida (MDB) empregou R$ 370 mil em cachê para show de Luan Santana, previsto para agosto deste ano, dois meses antes das eleições. A contratação foi possível através dos recursos enviados pelo senador Renan Calheiros e pelo deputado Isnaldo Bulhões, do mesmo partido.

Além do município alagoano, em São Luiz (RR), com cerca de 8 mil habitantes, foi destinado R$ 800 mil para o show de Gusttavo Lima. Já em Sergipe, na cidade de Areia Branca, com menos de 20 mil habitantes, o valor foi de R$ 550 mil por uma apresentação de Wesley Safadão. (Bocão News)

 

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