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Coletiva na sede da Polícia Federal da Bahia, em Salvador, detalhou informações sobre a Operação Caduceu. |
O homem que foi preso e identificado pela Polícia Federal como o maior fraudador do INSS na Bahia, nos últimos 40 anos, recebia seis benefícios diferentes, todos falsos, e gerou sozinho um prejuízo de R$ 2 milhões aos cofres públicos. Ele era o chefe da quadrilha alvo da Operação Caduceu, que cumpriu mandados no estado nesta quarta-feira (9). De acordo com o delegado da PF, Breno Diniz, cinco dos seis benefícios tinham nomes falsos, enquanto em um deles o suspeito alegava ser incapacitado de trabalhar por ter câncer.
O homem, que foi preso no bairro da Barra nesta manhã, não teve nome divulgado pela PF. Só em Salvador, ele já responde a 15 processos penais pelos crimes relacionados à fraude do INSS, desde a década de 80, e inclusive já havia sido preso outras vezes. A Polícia Federal constatou que ele fraudou pelo menos 140 benefícios, número que pode aumentar à medida que as investigações avancem.
O coordenador-geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do INSS, Marcelo Henrique de Avila, informou que os proveitos mais antigos recebidos por ele eram dos anos de 2011 e 2012, e que os valores mensais de recebimentos chegavam a R$ 20 mil, benefícios próximos ao teto pago pelo INSS. O delegado Breno Diniz disse ainda que os dois filhos do suspeito também recebiam benefícios falsos por afastamento por doença, também com alegação de câncer. A PF não detalhou quantos benefícios, nem quais os valores recebidos por eles.
Ao todo, a PF na Bahia cumpriu cinco dos 15 mandados expedidos nesta quarta-feira: os três de prisão preventiva e dois de busca e apreensão. Os dois comparsas do chefe da quadrilha foram presos nos bairros do Centro e Brotas. *Com informações do G1