28 fevereiro 2014

Ubatã: Debate promovido pela Rádio Povo discute Educação e Família

Debate contou com a presença de referências no assunto
Fotos: Yan Santos, Notícias de Ubatã
A Rádio Povo AM na manhã desta sexta-feira (28), em parceria com os sites Noticias de Ubatã e Ubatã Notícias promoveram um debate que tratou sobre os temas Educação e Família, mediado pelo radialista Fábio Silva e toda equipe da emissora. Participaram das discussões, o Padre Marcos Alcântara, representante da Igreja Católica, o pastor José Carlos, líder da Primeira Igreja Batista de Ubatã, Antônio César, Comissário de Menor, Herberth Santos, diretor do Colégio Estadual e Fabíola Alves, psicologa.

O padre Marcos falou sobre o desafio de manter o núcleo familiar em um mundo capitalista, onde às vezes o consumismo impera em detrimento dos valores e princípios. Além disso, o padre citou a corrupção na política e a mídia (telenovelas), expondo uma realidade que vai de encontro aos conceitos familiares, muitas vezes ridicularização os bons costumes, o que torna ainda mais difícil a educação dentro de casa. " A novela hoje em dia é perigosa, uma erva daninha. Se tem a intenção de mostrar uma discussão, quebrar preconceitos, que faça isso em forma de reflexão, não em forma de novela (para a mídia o retrato da realidade" disse Marcos. Já o pastor disse que as novelas não trariam problemas, caso a sociedade estivesse preparada para lidar com alguns conceitos que são passados.

Já o diretor do Colégio Estadual afirmou que lidar com a questão disciplinar na escola é complexo, pois atualmente os pais estão deixando para a escola o exclusivo papel de educar e formar o cidadão, o que é equivocado, pois a educação maior deve partir de casa. O padre e o diretor concordaram que a sociedade inverteu os valores de formação educacional. A psicologa Fabíola Alves abordou acerca da recuperação de referencias e dos valores. Alves falou que até mesmo a religião foi permitida como recurso terapêutico na recuperação do individuo. Outro ponto levantado pela profissional foi a saída da mulher ou do homem de casa, que é um grande fator para problemas na educação da criança. A busca pelo capital e por um padrão melhor de vida faz com que um dos pais saia de casa e passe pouco tempo com a criança, ou quase nenhum e isso interfere muito, pois a criança precisa dos pais ativamente. Além disso é preciso suprir essa ausência de alguma forma e aí é que entram as políticas públicas e órgãos, à exemplo do CRAS e CREAS, disse Fabíola.
Convidados são bastante elogiados por ouvintes
Foto: Yan Santos, Notícias de Ubatã
O pastor Zé Carlos falou que ao longo da história os valores estão entrando em choque: Ensino x Educação. Os valores da educação familiar são "jogados" para a escola. O pastor ainda afirmou que o ensino educacional cobra família e essa da escola e que dessa forma está distante de um modelo ideal. " A família coloca o problema na Igreja, na Escola, a educação é responsabilidade da família" disse Zé Carlos. Já Antônio, representando o Conselho Tutelar falou acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente e lançou a discussão sobre a Lei da Palmada.

Sobre a Lei da Palmada, opiniões diversas. Para a psicologa a lei coíbe o espancamento e existem outras técnicas disciplinares. Heberth se mostrou contra agressões, mas afirmou que o pai não pode deixar de proporcionar a disciplina, pois, caso contrário os filhos caem no seio do enfrentamento. A opinião foi compartilhada pelo pastor José Carlos. Para finalizar as discussões foi unanimidade entre os convidados o fato de que a tecnologia quebra as relações interpessoais. Como reflexão a psicologa deixou no ar a seguinte questão: É melhor o trabalho, a ausência da casa para dar uma condição de vida melhor, ou a participação na educação ?  

(Notícias de Ubatã)