
Evasão, comércio
à beira da falência e uma população acuada. Esta é a atual realidade de
Buerarema, pequeno município a 20 quilômetros de Itabuna, palco de violentos
conflitos e protestos, fomentados pela "queda de braço" entre
fazendeiros e indígenas. Uma disputa, cujos bastidores estão cheios de controvérsias,
violência e dúvidas.
A crise começou
há aproximadamente oito anos e, desde então, a cidade parece estar definhando
dia após dia. Para se ter ideia desse colapso, vamos começar pelo número de
habitantes, que reduziu de 22 mil para 18 mil, uma evasão de mais de 18%. E
Brusque, em Santa Catarina, é o destino da maioria deles. É lá que vivem cerca
de 3 mil cidadãos de Buerarema.
Esses dados
foram passados por Alfredo Falcão, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes
Lojistas) e vice-presidente da Associação de Produtores, em entrevista
concedida ao Diário Bahia, por telefone, na manhã de quinta-feira, 20. "Se
você pudesse vir aqui todos os sábados, veria o tanto de famílias que saem
daqui. Vão embora em busca de começar uma nova vida", ressaltou.
Deixar a cidade
natal, que um dia (quem diria!) já foi pacata e muito conhecida por fabricar a
famosa "Farinha de Buerarema" nem sempre é uma tarefa fácil, mas foi
a "luz no fim do túnel", encontrada por muita gente. Afinal, o
comércio, antes pujante, está "caído", expressão usada por Alfredo,
para definir a dramática situação do setor. (Tribuna da Bahia)