A história de Ubatã carece de fontes documentais. Não existem arquivos oficiais de fácil e livre acesso à população - um direito que deve ser garantido pelos poderes públicos, destacando-se a Câmara e a Prefeitura.
Essa falta é gravíssima, principalmente, por que a criação e manutenção de um Portal Digital com tais informações exige custo quase zero. E é o governo que tem os meios necessários para reunir, decentemente, os dados necessários para constituir os arquivos históricos do município.
Com o intuito de contribuir para o acúmulo e centralização das fontes históricas da cidade, segue abaixo os mais conhecidos mitos acerca da origem de Ubatã:
Lenda 1
Essa falta é gravíssima, principalmente, por que a criação e manutenção de um Portal Digital com tais informações exige custo quase zero. E é o governo que tem os meios necessários para reunir, decentemente, os dados necessários para constituir os arquivos históricos do município.
Com o intuito de contribuir para o acúmulo e centralização das fontes históricas da cidade, segue abaixo os mais conhecidos mitos acerca da origem de Ubatã:
Lenda 1
Em 1873, Hermógenes José de Oliveira, nativo de Nazaré das Farinhas, fugindo das dificuldades em sua terra, veio para o sul da Bahia e estabeleceu-se em Maraú onde, por oito anos, manteve algum tipo de negócio.
Por motivo desconhecido, em 1881, viajou a Camamu, supostamente, para pedir ao coronel Gonçalo Martins, aparentemente, seu amigo e compadre. Segundo o livro Memórias de Ubatã, o coronel respondeu ao apelo da seguinte forma:
Por motivo desconhecido, em 1881, viajou a Camamu, supostamente, para pedir ao coronel Gonçalo Martins, aparentemente, seu amigo e compadre. Segundo o livro Memórias de Ubatã, o coronel respondeu ao apelo da seguinte forma:
- Compadre, se tem coragem, entre para a mata, que eu lhe dou o sustento de pólvora, chumbo e sal.
Sem muitas opções, provavelmente falido, Hermógenes aceitou os termos e adentrou a mata munido de espingarda, machado e facão. Ele caminhou por dias, encontrou trilhas deixadas pelos índios, dormiu em copas de árvores, acendeu fogueiras e chegou à margem do Rio de Contas, nas proximidades da Aldeia de Funil, onde descansou. Ali, ele construiu sua primeira morada (mais ou menos onde encontra-se o fórum) e a madeira, parece, foi retirada da área que hoje conhecemos como Fazenda Londrina.
Dois anos depois, em 1883, ele decidiu buscar a família para instalarem-se, definitivamente, aqui. A partir de então, seus irmãos e demais parentes vieram à procura de terra, ergueram casebres e cultivaram o solo.
Lenda 2
Sem muitas opções, provavelmente falido, Hermógenes aceitou os termos e adentrou a mata munido de espingarda, machado e facão. Ele caminhou por dias, encontrou trilhas deixadas pelos índios, dormiu em copas de árvores, acendeu fogueiras e chegou à margem do Rio de Contas, nas proximidades da Aldeia de Funil, onde descansou. Ali, ele construiu sua primeira morada (mais ou menos onde encontra-se o fórum) e a madeira, parece, foi retirada da área que hoje conhecemos como Fazenda Londrina.
Dois anos depois, em 1883, ele decidiu buscar a família para instalarem-se, definitivamente, aqui. A partir de então, seus irmãos e demais parentes vieram à procura de terra, ergueram casebres e cultivaram o solo.
Lenda 2
O primeiro a chegar às margens do Rio das Contas, com quatro foices, quatro facões, quatro pás, quatro enxadas, um barril de pólvora, um barril de chumbo e um saco de sal foi Manoel de Hermógenes. Todo material foi-lhe dado, com interesses comerciais, por José Antônio Fernandes, um comerciante estabelecido no distrito de Orojó. Ele construiu casa, mas morou pouco tempo na região.
Em seguida, por volta de 1909, chegaram e desbravaram as matas, Severiano Costa e seu irmão (desconhecido) e, por isso, o povoado nasceu com o nome de Dois Irmãos. Eles eram comerciantes e produtores de farinha de mandioca e foram os pioneiros a plantarem roças de cacau.
Em seguida, por volta de 1909, chegaram e desbravaram as matas, Severiano Costa e seu irmão (desconhecido) e, por isso, o povoado nasceu com o nome de Dois Irmãos. Eles eram comerciantes e produtores de farinha de mandioca e foram os pioneiros a plantarem roças de cacau.
Observação: De acordo com o livro Memórias de Ubatã, o primeiro nome do povoado foi Alfredo Martins, depois alterado para Teixeira de Freitas e, por fim, Dois Irmãos. O autor sustenta, em seu livro, que o nome Dois Irmãos teve origem na existência de dois ribeirões que desaguam no Rio de Contas sendo que o povoado, inicialmente, ficava situado entre eles.
Seja qual for a origem histórica do município de Ubatã e quem tenham sido os seus protagonistas, o importante hoje é manter todas as versões dos fatos "vivas" com o máximo de documentos que puderem ser reunidos e preservados. Lembrando que tanto a responsabilidade maior quanto a iniciativa de tal projeto devem partir dos poderes públicos municipais, principalmente da Câmara e da Prefeitura.
Artigo da Revista Ubatã
Artigo da Revista Ubatã