
A Polícia
Federal, em operação conjunta com o Ministério Público do Trabalho, prendeu
duas pessoas e resgatou 28 trabalhadores rurais que estavam em condições
análogas à de escravos na lavoura de café da Fazenda Novo Mundo, no município
de Itirapuã, na região de Ribeirão Preto, em São Paulo. Segundo a procuradora
Regina Duarte da Silva, os trabalhadores foram trazidos do distrito de Julião,
no município de Malhada, na Bahia, com a promessa de receber uma diária média
de R$ 100.
"Eles não haviam recebido qualquer pagamento e acumulavam
dívida em um mercadinho do município. As condições de alojamento eram péssimas.
Não havia banheiros e os trabalhadores eram obrigados a fazer suas necessidades
na lavoura. Como também não havia camas ou colchões, eles estavam dormindo
sobre pedaços de papelão ou espuma", diz a procuradora. Segundo o MPF,
foram presos o dono da Fazenda Novo Mundo, identificado como Ademir Ferreira, e
o capataz, identificado como Miguel. Os dois foram indiciados pela prática do
crime de redução à condição análoga à de escravo, cuja pena é de 2 a 8 anos de
reclusão. (O Globo)