
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes expediu neste sábado ordem de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido foi feito pela Polícia Federal. A decisão ainda não marca o início do cumprimento da pena de reclusão.
Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer também ficaram detidos em salas da PF.
Em nota oficial, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pelo STF. Por determinação de Moraes, a medida deveria ser cumprida “com todo o respeito à dignidade do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática; ficando a seu critério a utilização ou não de uniforme e respectivos armamentos necessários à execução da ordem”.
A prisão preventiva foi justificada, no pedido da PF a Moraes, pela garantia da ordem pública. Na sexta-feira, 21, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) havia convocado para este sábado uma vigília em apoio ao ex-presidente na frente do condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.
A PF avaliou que o ato representava risco para participantes e agentes policiais, com aglomeração. Além disso, havia o temor de risco para o próprio ex-presidente.
Moraes ainda sinalizou que Bolsonaro violou uso de tornozeleira eletrônica na madrugada deste sábado e tinha “elevado risco de fuga”. “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, diz trecho da decisão do ministro. Fonte: Estadão