Capitão Alden participa de diligência e diz que membros da CPI encontraram "centros de doutrinação" em invasões

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O deputado Capitão Alden (PL-BA), em comitiva liderada pelo presidente da CPI do MST, deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS), e o relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP), participou, nesta segunda-feira (29), das primeiras diligências da comissão, que tiveram inicialmente como alvo propriedades na região de Presidente Prudente, interior de São Paulo. 

A comitiva fez vistorias na zona rural do Pontal do Paranapanema, local de assentamentos e acampamentos do Movimento dos Sem Terra e da Frente Nacional de Lutas. Durante a visita, a comitiva de parlamentares se reuniu com policiais do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter), que falaram sobre investigações que envolvem conflitos no campo. 
Os membros da CPI também ouviram vítimas de atos de violência por movimentos de luta por terra, e após as reuniões, se deslocaram para visitar assentamentos em Rosana e Teodoro Sampaio-SP. As áreas visitadas foram invadidas pela FNL, que tem José Rainha Junior como uma de suas principais lideranças. 

Ao Bahia Notícias, o deputado Capitão Alden relatou que os membros da CPI do MST puderam obter as primeiras informações sobre crimes cometidos por ativistas da Frente Nacional de Lutas (FNL). O deputado baiano afirmou que a comitiva de parlamentares teria presenciado a existência de “centros de doutrinação” nos assentamentos da FNL. 
“As primeiras surpresas são estarrecedoras. Hoje estivemos em Presidente Prudente, onde ouvimos testemunhas e vítimas do terror o campo. Tivemos acesso a documentos da Polícia Civil com informação sobre diversos crimes cometidos por membros do FNL, um braço do MST. Extorsão, ameaças, destruição de patrimônio, terror no campo, foi o que nós vimos aqui. Depois estivemos em Rosana, em uma das áreas ocupadas, e presenciamos a existência de um verdadeiro centro de doutrinação marxista da FNL, onde crianças, adolescentes e pessoas simples eram convertidas ao comunismo”, disse o deputado.

“Nós temos dito que esses movimentos promovem uma investida revolucionária e criminosa contra o agronegócio e o homem do campo, e aqui tivemos mais uma mostra disso. Então é importante darmos continuidade a essa CPI, para que possamos descobrir quem está por trás desses movimentos terroristas, quem está financiando, e o que pretendem”, completou o deputado Capitão Alden. 
Também participaram da diligência da CPI do MST os deputados Messias Donato (Republicanos-ES), Nilto Tatto (PT-SP), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Caroline de Toni (PL-SC), Magda Mofatto (PL-GO) e Lucas Bove (PL-SP). 

Em nota sobre a diligência dos membros da CPI, o MST afirmou que a comissão é uma tentativa de perseguição e criminalização da luta popular, e que o movimento realiza sua luta há quase 40 anos para que a Constituição Federal seja cumprida e a função social da terra seja respeitada. 

“Querer criminalizar nossa luta por meio de uma CPI é uma estratégia para omitir os reais problemas e contradições do modelo de produção do agronegócio no campo brasileiro, como o crescente desmatamento, grilagem de terra, queimadas, violência no campo, uso de mão de obra análoga à escravidão e destruição e contaminação dos bens naturais pelo uso de agrotóxicos”, diz o comunicado do MST.(Bahia Notícias)

 

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