O Ministério Público Estadual (MP-BA) ingressou com ação civil em que requer o cancelamento da Lavagem do Beco do Fuxico, prevista para este sábado (23), em Itabuna. Na ação assinada pelos promotores Inocêncio de Carvalho, Thaianna Rusciolleli, Patrick Pires, Renata Lazzarini e Márcia Bandeira Gomes, foram acionados o prefeito Claudevane Leite e a Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc).
A festa é promovida por blocos tradicionais e a prefeitura local. A promotoria alega que o município, mesmo enfrentando “desordem administrativa”, gastará em torno de R$ 200 mil com a festa. De acordo com informações da Ficc, o gasto será de R$ 187.300,00, envolvendo atrações musicais e estrutura da folia no Beco do Fuxico e nas avenidas Aziz Maron e Mário Padre (Beira-Rio).
Além da “desordem administrativa”, os promotores públicos também alegam que o município sofre com a longa estiagem e avanço de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, atraso no pagamento do funcionalismo e não conclusão do ano letivo de 2015, além de completa desestruturação da saúde pública, com risco de epidemia de dengue. “A realização de festas com verbas públicas somente deve ocorrer respeitado o princípio da razoabilidade”, observam os promotores.
A promotoria pública também observa que o município pretende gastar R$ 1.771.600,00 com eventos festivos em 2016, apesar de enfrentar “um caos administrativo”. Para chegar à soma, os promotores apresentam gastos previstos no orçamento e licitações para serviços de palco e sonorização, por exemplo. (Pimenta Blog)
