Artigo: Sobrevivendo!

|


Por: Paulo Cabral Tavares - advogado

Você pode até não querer. Pode até não gostar, mas desde que nascemos existe uma certeza insuperável. Nós vamos morrer um dia. Mais cedo ou mais tarde esta verdade nos alcançará. Alguns dizem até que esta é a única certeza que nós temos na vida. Não é bem assim, mas é incontestável que um dia morreremos.
Por isso eu costumo dizer que nós somos sobreviventes. Vamos tocando a vida pra frente com a força da inércia. Adaptando-nos a novas situações, sobrevivendo a cada dia, superando as dificuldades interpostas em nosso caminho, para continuarmos com o nosso destino.

Às vezes, eu sou fatalista. Quer dizer, acredito que existe um plano para cada um de nós. Como dizem os árabes – mactub – estava escrito. Somos vítimas do destino. Os acontecimentos já estavam traçados, programados com antecedência e quase nada pode ser mudado.

Às vezes, apenas, eu chego a acreditar nisto. Mas acredito também que nós podemos determinar o nosso destino. Que esta construção depende muito de nós, pedreiros da vida. Devemos ter cuidados com a base, os alicerces, fundamentar bem as pilastras, para garantir a vida que desejamos. Senão, mais dia menos dia, a casa cai.

Não é a toa que muitos governantes de nosso país saíram de grandes colégios. Que os militares que governaram o país, na sua imensa maioria, saíram da Academia das Agulhas Negras. Os grandes economistas que ocuparam e ocupam os altos cargos danação saíram de determinadas universidades. Que aqueles ministros do supremo são oriundos de grandes escolas de direito. Sem a base não se chega lá.

Assim, temos que mesclar uma coisa com a outra. Acreditar no destino, mas nos preparar para enfrentar a vida. E ter uma vida melhor.

Muitas vezes a gente vê uma pessoa que alcançou certo patamar na vida e pensamos que ela conseguiu chegar até onde chegou rapidamente.  De uma hora para a outra. Mas se a gente analisar direitinho a sua trajetória, vai descobrir que aquela vitória se deveu a muito trabalho e muita dedicação. E sorte, pois, sem esta não chegaremos alugar algum.

Não é sem razão que a história dos três porquinhos e do lobo mau fez tanto sucesso. Quem construiu a sua casa de tijolo e cimento sorriu no final.


Assim, sobrevivendo a cada dia, escrevendo a nossa própria história, vamos em frente até o encontro final com a velha senhora. Só nos resta ter uma vida digna, que não possa envergonhar os entes queridos que um dia deixaremos para trás. E rezar para que na prova final, quando vierem a ser pesados os prós e os contras de nossa vida terrena, a gente passe no grande teste.

 

©2011 NOTÍCIAS DE UBATÃ ::: Conectado com Você !!! | Todos os direitos reservados | Desenvolvido por Davii Alvarenga