O texto de Lucas 21.7-19 trata-se da narrativa do inicio do sermão profético proferido por Jesus no Templo, escrita também nos Evangelhos de Mateus 24.3-14 e Marcos 13.3-13.
Os sinais que antecedem a parusia são relevantes para uma discussão em todo o tempo, principalmente em nossos dias quando esses sinais começam a aparecer mais intensamente. Como ver os meios de comunicação e não ligar os sinais contidos no texto com os desastres naturais, ameaças de uma possível Terceira Guerra Mundial, fomes e pestes acabado com países inteiros? Sempre houve esses sinais na história da humanidade, mas nunca com tanta intensidade como hodiernamente.
Existem muitas leituras que podemos fazer de Lucas 21.7-19, pois o texto está aberto a todos que procuram estudá-lo minuciosamente e perceber o valor e proposta de vida que ele traz para cada um de nós. Assim, caminho pela proposta de vida que percebi no texto. Jesus sabia que diante dos sinais e perseguições os discípulos poderiam se deixar enganar diante das dificuldades e perderem a vida. O Pastor Ágabo Borges, em uma de suas reflexões na Capela do Seminário Teológico Batista do Nordeste, disse que “perder a vida não é morrer, mas viver em pró de algo”, concordando com essa frase, penso que perder a vida é deixar de ser livre, pois no momento em que deixo de ser livre, deixo de viver em pró de algo e vivo como marionete nas mãos de outro. Por isso, em minha opinião, Jesus em seu discurso escatológico quer dizer o seguinte: diante das dificuldades que antecederão o fim, não percam a vida, mas perseverem em sua liberdade, sem deixar ninguém roubá-la.
Jesus estava profetizando a destruição do templo (v. 5 e 6), pois o templo que deveria ser um lugar de louvor a Deus, havia sido transformado em lugar de opressão por parte dos líderes religiosos da época. O resultado foi o afastamento do Espírito do Senhor, que não está onde há opressão. Infelizmente, hodiernamente vemos um quadro bastante semelhante, líderes cristãos oprimem o povo, roubam o que Deus deu as pessoas de mais importante, a liberdade, e o pior fazem isso em nome de Deus, não entendem que “onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade” (2 Coríntios 3.17a), rompem com o ideal divino para o ser humano.
Muitos anunciam que estamos vivendo o fim dos tempos, a volta de Cristo está próxima, pois como já foi dito, os sinais preditos por Jesus estão acontecendo com maior intensidade, mas também foi dito que esses sinais sempre aconteceram e como hoje a população mundial é maior, certamente o número de indícios de guerra e pestes e fomes são maiores, ou seja, não dá para dizer com precisão que os acontecimentos atuais no mundo são o cumprimento da profecia de Cristo, salvo os desastres naturais como os terremotos. Por isso creio que o maior sinal da volta de Cristo é o surgimento dos opressores que vêm em nome de Cristo e roubam a liberdade das pessoas. Na passagem percebemos que a maior preocupação de Cristo é com os falsos cristos sendo o primeiro sinal dos últimos acontecimentos.
A mensagem do texto serviu tanto para os dias de Jesus, porque trouxe a resposta quanto à expectativa do fim, como hoje responde as inquietações das pessoas, com referência aos acontecimentos que predizem a parusia. Muitos lêem o texto e não vêem que a discussão gira em torno da destruição do templo. O templo que era a morada do altíssimo, havia se tornado em local de opressão, por mais que fosse belo e rico estava sombrio e escuro, pois o Espírito do Senhor não habitava mais nele. Quando uma doutrina, ou Igreja se torna opressora o Espírito do Senhor se afasta dela.
Hoje o texto responde a muitos, acerca da volta de Cristo, os sinais não são os mais importantes, mas sim o fato de que muitos cristos têm surgido e enganado aos fieis que têm seguido a esses cristos que os oprimem, eles abrem mão daquilo que Deus deu de mais importante, a liberdade.
A aplicação que faço para minha vida e meu Ministério é que devo está vigilante para não me tornar um falso Cristo. Para isso posso conta com Cristo, que nossa comunhão me ensine a viver cada dia mais como Ele, um defensor da liberdade e da vida, o que é a proposta de Deus para o ser humano desde o Éden.
E você? Qual é a aplicação que você faz para tua vida? Fique alerta meu querido, estamos vivendo a expectativa da volta de Cristo e muitas Igrejas surgem diariamente, bom seria que tivessem pregando a real mensagem do Evangelho, a qual produz libertação e salvação, mas vemos pessoas querendo honra e dinheiro para si, “inchando” as igrejas com pessoas oprimidas. Não sigamos pois a eles mas ao verdadeiro Cristo que traz libertação e salvação, procure uma Igreja comprometida com o Evangelho de Jesus e entregue sua vida a Ele. Deus abençoe a todos.